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#025 | OS BALÕES DE ÁLVARO [poema]

Atualizado: 5 de jun. de 2020


Numa manhã qualquer... (Vinhedo - SP, Brasil, 2019)

imerso no passo

na rua do abismo lateral

cigarro empunhado 

pra disfarçar o corpo desajeitado

pelo menos algo para segurar

me descubro aos anos

me cubro noutros

nesse descubrio

descobri que conheço ninguém

meus parentes são estranhos

meus amigos me estranham

eu fujo

abrocho em minhas entranhas

a caverna é mais confortável

como num tiro ao Álvaro

novamente sou acertado com a dúvida

puta

se deita comigo sem permissão

me bate à cara

cinco dedos estendidos

"PRA QUE PORRA SERVE ESTA VIDA?"

não sei responder...

aquieto-me, acaixoto-me

uma caixa de surpresas indigestas

um presente que não se presenteia

...noite pálida.

sem gozo, nem nada.

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