#06 | ELEMENTAIS [poema]
- Jonathan Moreira
- 7 de ago. de 2019
- 1 min de leitura
Atualizado: 5 de jun. de 2020

me leve
se revele no ventre leve
d'onde o fogo consome
inerte
construa sua portaria de pedras
perpetua
de perpétua ternura
de tudo o que consome
meu vis coração
da luz que expõe toda essa realidade
comunhão
do sangue frio
da solidão
transcendendo a realidade
morteação
onde se esconde você?
esconderijo de tatu
de relva e cheiro de chão
sinais de chuva
meu petricor
saudoso de vento
de remo de som
arde a garganta
me tange a tangente
o limiar do dom
entre as quatro paredes de dentro
de dente,
esguia a solitude em vão
meus velhos punhos
sem punhais
me uso das lanças
para onde me lançais
me protejo
d'onde estais
deixo estar
entre tais percalços que me traz
estradas de Andaluzia
que me forja
no lugar dos cristais
granitos,
granizos do temporal
me catapulta para lá
em moinhos de ventos azuis
das trombetas divinas
entre a marinha
lá que devo estar.
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