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#48 | A MORTE DO COELHO [poema]


VELHOS HÁBITOS (Campinas, 2016)

Um ano.

Observo minha mente

Sensações

Os arquétipos correm

Diante dos meus olhos

Penso nos meus erros

No passado e objeto

No outro ser

Que não me representa mais

Arte perigosa

Esse sentir sem ego

Permitir sentir

Sem o lapidador-do-que-sentir, ego

É difícil abraçar uma emoção

Muito difícil

Forte que sou

Fortaleço meu encalço

Mas derreto

Pelas entranhas do quarto secreto

Eu derreto, mas cuidadoso

Pra não escapar pelos vãos da porta

Contenho-me

Com rodo

Rodeio a fraqueza

Pr'onde não consto.


'Trocando em Miúdos',

Seu Chico,

Já não sou como antes

Mas tenho o bastante

Dos velhos coelhos que habitavam

As velhas fendas de mim

...outrora, livres

....hoje, engaiolados e retintos de poeira

Até seu derradeiro devir

Por adestramento forçado

A morte por esquecimento

À conta-gotas

Até secar


Hasta su fín.

____________



(FEV/21)

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