#48 | A MORTE DO COELHO [poema]
- Jonathan Moreira
- 21 de fev. de 2021
- 1 min de leitura

Um ano.
Observo minha mente
Sensações
Os arquétipos correm
Diante dos meus olhos
Penso nos meus erros
No passado e objeto
No outro ser
Que não me representa mais
Arte perigosa
Esse sentir sem ego
Permitir sentir
Sem o lapidador-do-que-sentir, ego
É difícil abraçar uma emoção
Muito difícil
Forte que sou
Fortaleço meu encalço
Mas derreto
Pelas entranhas do quarto secreto
Eu derreto, mas cuidadoso
Pra não escapar pelos vãos da porta
Contenho-me
Com rodo
Rodeio a fraqueza
Pr'onde não consto.
'Trocando em Miúdos',
Seu Chico,
Já não sou como antes
Mas tenho o bastante
Dos velhos coelhos que habitavam
As velhas fendas de mim
...outrora, livres
....hoje, engaiolados e retintos de poeira
Até seu derradeiro devir
Por adestramento forçado
A morte por esquecimento
À conta-gotas
Até secar
Hasta su fín.
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(FEV/21)
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