#42 | 01/365, DE NOVO [poema]
- Jonathan Moreira
- 16 de jan. de 2021
- 1 min de leitura

Mais um dia
Tudo igual
Nada fora do lugar
Tudo dentro do normal
Imóvel na cama
Mesma hora de ontem
Vendo as férias escorrerem pelos dedos
Nada de útil feito
Muitas promessas ignoradas
Inércia definiria bem
Com uma precisão mais palatável
Hoje fumei o dia inteiro...
Quero viver anestesiado
Semi-morto
Pois sou fraco até para encarar o véu negro
Que a tal da morte usa
Viro semi
Sumo e ressurjo na inércia dos dias
Incólume
Invisível, ninguém percebe
Às vezes me lanço às margens rochosas do passado
Noutras me deserto em apatia
É uma dança de sorriso que vem
Lágrimas que vão
No movimento da maré do mar
Sem pular ondinhas
Prometendo cumprir o que não cumprirei
Esgueiro a morte
Fitando a vida
É um feliz 2021.
É meu primeiro poema de 2021.
Feliz Ano Velho, adeus Ano Novo!
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(JAN/21)
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