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#42 | 01/365, DE NOVO [poema]


Invisível (2018)


Mais um dia

Tudo igual

Nada fora do lugar

Tudo dentro do normal

Imóvel na cama

Mesma hora de ontem

Vendo as férias escorrerem pelos dedos

Nada de útil feito

Muitas promessas ignoradas


Inércia definiria bem

Com uma precisão mais palatável


Hoje fumei o dia inteiro...

Quero viver anestesiado

Semi-morto

Pois sou fraco até para encarar o véu negro

Que a tal da morte usa

Viro semi

Sumo e ressurjo na inércia dos dias

Incólume

Invisível, ninguém percebe

Às vezes me lanço às margens rochosas do passado

Noutras me deserto em apatia

É uma dança de sorriso que vem

Lágrimas que vão

No movimento da maré do mar

Sem pular ondinhas

Prometendo cumprir o que não cumprirei

Esgueiro a morte

Fitando a vida


É um feliz 2021.

É meu primeiro poema de 2021.

Feliz Ano Velho, adeus Ano Novo!

__________


(JAN/21)

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