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#35 | EFEMERIDADE NO LUSTRE [poema]


O DNA iLUSTRE (Jundiaí, 2018)

A vida é uma efemeridade

Uma abelha

Dessas quase extintas

Essencial para vida

E efêmera demais


Abelha que te assalta no meio da noite

Invade pela fresta da porta

Te faz refém

Refém de mais uma filosofia

Quiçá fragilidade

Invade buscando sol

Achando lâmpada

Vivendo de ilusão

Na efêmera curta vida que lhe resta

O sol não encontra

A lâmpada é rígida

A lâmpada é quente

E em mais um voo curioso

Esbarra no vidro

Despenca no chão

Feito suicida

Feito o padre do balão

Num novo voo errado

Cai detrás da geladeira

Lagartixa Giselda avança e se lambança

Hoje dorme de barriga boa

Teve janta

A efêmera vida da abelha

Garantiu um teco de vida a mais

Pra alegria de Giselda.

Efêmera vida.

_________________


(SET/20)

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